O movimento Hamas anunciou na noite desta quinta-feira (3) a realização de consultas junto às facções nacionais palestinas sobre a nova proposta de cessar-fogo apresentada pelas partes mediadoras.
Segundo o grupo radicado em Gaza, a decisão será divulgada após as discussões.
“Como parte de nosso interesse em dar fim à agressão contra nosso povo e assegurar a livre entrada de assistência, nosso movimento está em consultas com líderes das forças e facções palestinas, sobre a proposta recebida de nossos irmãos mediadores”, afirmou a nota, em referência a Egito e Catar.
O Hamas reiterou estar engajado em discussões intensivas sobre as propostas postas à mesa, a fim de chegar a um acordo que encerre as operações militares em Gaza, retire as forças ocupantes e permita acesso humanitário urgente aos palestinos.
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Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo ao manter ataques e cerco militar a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 56.600 mortos e 134.500 feridos, além de dois milhões de desabrigados submetidos a uma catástrofe de fome.
A campanha israelense é retaliação e punição coletiva contra uma ação transfronteiriça encabeçada pelo Hamas que capturou colonos e soldados.
Desde então, o regime ocupante se nega a um cessar-fogo permanente ou mesmo fim do cerco. Seus líderes, em contrapartida, insistem no deslocamento à força — limpeza étnica — dos palestinos nativos e na anexação ilegal de Gaza.
Israel é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), corte em Haia que julga Estados, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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